terça-feira, dezembro 13, 2011

O que é design gráfico?

“Design gráfico é o processo de comunicar visualmente utilizando textos e imagens para apresentar informações. A prática de design gráfico involve um espectro de habilidades cognitivas, estéticas e habilidades em tipografia, artes visuais e diagramação de páginas. Como outras formas de design, design gráfico geralmente se refere aos processos (designing) pelas quais a comunicação é criada e produtos (designs) que são gerados.”
(Wikipedia – Graphic Design)

“Design gráfico existe desde que o homem começou a fazer pinturas em cavernas; primeiramente em paredes de pedra ou terra seca, e hoje globalmente na World Wide Web. Designers gráficos trabalham fazendo design de impressos, formas visuais de informação ambiental (sistemas de sinais) ou eletrônicos, trabalhos de propaganda, publicação ou até websites. Tudo isso é conseguido através da administração de habilidades e entendimento de tipografia, cores, imagens e sons para se criar soluções visuais a problemas de comunicação.”
(About.com – O que é um designer gráfico)

“Um designer gráfico trabalha num escritório muito louco, com um laptop numa mão e uma raquete de ping-pong na outra. Aham – isso seria o que você veria na TV. Na realidade, um designer gráfico trabalha para um bando de diferentes empresas, organizações e humanóides que chamamos de clientes. Cada um destes mencionados precisam comunicar uma certa mensagem a certas pessoas que chamamos de audiência-alvo (nada de dardos involvidos).
Designer gráficos fornecem essas soluções criando coisas visuais, como pôsteres, logos, capas de livros entre outros. Mas como a tecnologia muda sempre, muda também as “coisas” que os designers gráficos criam. Hoje em dia, designers gráficos também estão criando websites, animações (por exemplo, títulos de shows da TV) e muito mais. Céus, até o termo designer “gráfico” está ficando obsoleto por causa de novas tecnologias.”
(O que nos céus é design gráfico?)

“Design gráfico é qualquer forma de representação visual artística”
(Motto.com)

Em resumo, um designer gráfico precisa ser interdisciplinar: precisamos saber de tudo, desde como que é feito o papel até como que o hambúrguer é preparado. Mesmo. Um designer gráfico pode trabalhar em todas as áreas portanto têm que ter uma noção de todas estas áreas. Um designer ignorante é como um economista que não sabe contar.
O trabalho de um designer gráfico se resume em resolver problemas de comunicação: é informar algo de forma inteligível a um certo público utilizando-se de imagens, tipos, cores, etc. Pode ser aplicado em qualquer mídia, seja impresso em papel, em embalagem, na tela, em animação, etc.
O designer gráfico é não é artista, mas age como um, passando sentimento para seus trabalhos e capturando a atenção do público para sua mensagem.
Chega a ser seguro dizer que [quase] tudo que você vê, é design gráfico.


font: http://design.blog.br/

segunda-feira, agosto 15, 2011

QUANDO USAR O TERMO "LOGOMARCA"?

Para quem tem dúvida com relação ao termo "logomarca", pois bem...
Segue abaixo um infográfico para ampliar seu conhecimento. hehehe

DIGA NÃO A RESERVA DE MERCADO

No último 18 de maio o deputado Penna do PV apresentou a PL-1391/2011, sobre a regulamentação da profissão de Design. Recomendo a todos os interessados a leitura no site do deputado e acompanhar o projeto na câmara.
O objetivo da lei é criar uma reserva de mercado para designers, isto é: proibir qualquer pessoa sem graduação em design* de exercer qualquer atividade que é de “atribuição do designer”, atribuições que são definidos de forma muito genérica no artigo 4. Basicamente qualquer pessoa que, sem diploma, exerça uma atividade que possam ser definida como “ elaboração de [...] sistemas visuais sob a forma de desenhos [...] e outras formas de representação bi e tridimensionais” estaria cometendo o crime de exercício ilegal de profissão. E se você é um designer profissional, a lei lhe obriga a se associar a Conselhos Federais e Regionais (cuja filiação e tarifas ainda seriam definidas)
*Uma exceção é feita a profissional com mais de 5 anos de experiência de trabalho antes da lei entrar em vigor
Apesar de muitos profissionais (entre eles estimados amigos e colegas) se referirem a ela como o resultado de muitas décadas de luta pelo reconhecimento da profissão, acredito que a lei é ruim para os designers, ruim para o mercado, ruim para os clientes, ruim para os estudantes e portanto ruim para o país. E apesar de diminuir a concorrência parece ser algo positivo a curto prazo, isso pode ter consequências imprevistas muito ruins a longo prazo.

"A lei finalmente reconhece e valida a profissão de designer no país!"

O que significa a profissão ser reconhecida? Assim como uma palavra não precisa estar no dicionário para existir, profissões não precisam ser "reconhecidas pelo governo" para existir. Um designer de um país com a profissão "reconhecida" não é menor, menos profissional ou de qualquer forma inferior a um designer de um país onde essa profissão não é. Não há nada de ilegal ou incorreto na forma como um designer trabalha hoje em dia – muito pelo contrário uma consequência desta lei é criar o crime do "exercício ilegal do design" onde pessoas que não tenham cursado uma faculdade superior são impedidas de trabalhar na área.
Esse é o argumento mais comum usado neste debate, e também o mais vazio de conteúdo – desconfio porque esse é um argumento que camufla a verdadeira intenção da lei, que é criar órgãos fiscalizadores que impeçam que pessoas sem diploma possam exercer a profissão.

"A lei impedirá que indivíduos não profissionais exerçam a profissão"

A quem cabe julgar o profissionalismo de cada um? A lei apenas exige a obrigação de diploma e filiação a uma entidade fiscalizadora. Muitos designers começaram sua carreira anos antes da faculdade – pequenos trabalhos de impressão de panfletos gráficos, grafites, camisetas, websites. Pergunte a eles sobre suas experiências prévias e a maior parte dirá que ganhou vivência e habilidade com esses trabalhos informais, duas coisas que o ajudaram na universidade e carreira posterior. Alguns poucos inclusive tiveram experiências tão produtivas que pularam até a faculdade, identificados como grandes talentos por empresas nacionais e internacionais. Essas atividades informais todas poderiam ser classificadas como exercício ilegal da profissão caso a lei fosse aprovada.
O personagem mais comum dos pesadelos de todo profissional é o famoso "sobrinho talentoso do cliente". Mas é bom ressaltar que a moral dessas lendas em geral é sobre as más escolhas do cliente, não culpar o sobrinho, porque afinal muitos grandes profissionais de hoje foram jovens talentoso antes da universidade.

"A reserva de mercado irá melhorar os ganhos dos designers"

A lei artificialmente diminui a oferta de designers no país – as consequências disso podem ser muitas e desconhecidas, a única certeza é que a lei criará novos encargos para o profissional. Com a PL-1391 todo profissional é obrigado a contribuir para uma sociedade reguladora. A função desta entidade nova é "fiscalizar", isso é, cobrar de todo profissional uma taxa recorrente para que ele possa exercer a profissão que ele sempre teve a liberdade de exercer antes da lei e perseguir legalmente os profissionais que se recusem a pagar a taxa. Como a profissão, pela própria natureza, é definida de forma vaga, muitas vezes essa perseguição poderá cair sobre artesãos, pequenos birôs e sobre outros profissionais que fazem trabalhos que tem intercessão com o nosso. Esses enormes custos legais serão obviamente passados adiantes aos designers "honestos", então você se verá forçado a pagar processos que não necessariamente concorda. O valor da taxa não é estipulado na lei mas como a entidade fiscalizadora tem força de lei, na prática esses valores são altos – basta procurar ver o custo em outras profissões como a CREA, CRM, OAB, SBOT e etc.
A prática de criar associações para controlar a oferta de uma profissão e assim controlar os ganhos, remonta a idade média com as corporações de ofício. Essas práticas mantinham os preços altos porém estrangulavam a inovação do mercado e mantinham todos em uma situação mais pobre.
É importante notar que apesar de uma entidade fiscalizadora poder oferecer outros benefícios como cursos, palestras ou campanhas pela profissão, ela não é obrigada a tal pela lei, isso é, e esses serviços podem ser perfeitamente oferecidos hoje (como já o são) pelas já existente associações de designers. Pelo contrário, essa fonte de renda obrigatória diminui o incentivo a associações de designers buscarem oferecer outros serviços que os profissionais queiram pagar...

"O mercado não valoriza a profissão, e essa lei mudará isso."

Pode se argumentar que diminuir a oferta de Designers legais irá aumentar o preço que cada designer pode praticar, mas isso é discutível. Afinal se o mercado não enxerga o valor do serviço que oferecemos, obrigá-lo a pagar um preço ainda maior não irá mudar sua opinião. Muito pelo contrário pode forçar o cliente a procurar por serviços no mercado informal, piorando a primeira impressão que um cliente tem com Design. A melhor forma de valorizar nossa profissão é não através da lei, mas do fruto de nossos trabalhos, demonstrando ao mercado que produtos (físicos ou virtuais) feitos por bons profissionais são de maior qualidade, vendem melhor, valorizam a empresa ou são feitos de forma mais eficiente e ecológica.

"A lei irá melhorar o nível de design praticado no país"

O que a lei faz é tornar ilegal a prática de design sem um curso superior (abre-se uma exceção para pessoas que já trabalhavam por pelo menos 4 anos antes da criação da lei) e proíbe que profissionais de outras áreas pratiquem a profissão. Apesar de isso parecer uma boa idéia para os profissionais que poderiam praticar livremente, a lei artificialmente diminui a competitividade do mercado. Como em qualquer mercado, uma concorrência menor faz com que a qualidade do produto caia e seus preços subam. A consequência óbvia é que isso também aumentará o já enorme mercado informal do país e os problemas que isso traz: dificulta aos "informais" o acesso a diversas conquistas dos trabalhadores e aumentado a carga tributária do mercado formal.

"A lei irá melhorar o nível de design ensinado no país"

Como já foi dito acima, diminuir a competitividade de um mercado raramente se reflete em aumento de qualidade. Com a obrigatoriedade do diploma, faculdades podem passar a valorizar mais o canudo do que passar conhecimentos que de fato tornarão o estudante um profissional melhor. Isso também estimula o já inchado mercado de cursos de qualidade duvidosa a despejará profissionais menos qualificados todo ano.

"A lei regula produtos que podem causar danos sérios a saúde"

Qual o nome do designer culpado pelo berço defeituoso que punha em risco a vida dos bebês, ou a fralda com amianto ou o carro que tinha defeito no acelerador? Um produto é um resultado de diversos profissionais de várias áreas e assim como o lucro de um produto bem sucedido pertence a empresa, a ela deve cair os prejuízos e riscos. Já existem diversos órgãos regulamentadores que investigam produtos que põe a saúde pública em risco , quem multam empresas que poluem o meio ambiente e compensam famílias afetadas . Hoje em dia um designer que esteja por trás desses produtos já sofrerá consequências negativas em sua carreira. O que essa lei faz é permitir a empresas usarem designers como bode expiatório legal.

"Sem a regulamentação, designers não podem participar de concorrências públicas, o governo não pode fazer licitações em design e etc"

Verdade – porém o setor público é bem diferente do setor privado e segue outras regras. Não sou contra a regulamentação se isso for um passo para melhorar a relação com o setor público ou para distinguir a profissão na hora de pagar impostos ou recolher benefícios legais. Mas lendo a lei percebe-se que o que a lei cria é uma reserva de mercado no setor privado. Esse texto é contra esssa reserva de mercado.
Esse texto tem a intenção de melhorar o nível do debate entre os profissionais do Design sobre o assunto, e apresentar um ponto de vista contrário a opinião majoritária. Se você concorda com alguns pontos então levante eles na próxima vez que discutir o assunto com colegas. Se discorda, por favor adoraria ouvir a sua opinião também.

Escrito por Alexandre Van de Sande, que tem orgulho de seu diploma na Escola Superior de Desenho Industrial, mas respeita os profissionais que não tenham.


fonte: http://reservademercadonao.com/